terça-feira, 25 de julho de 2017

Renascer aos 30

Imagem retirada da internet

Aos 20 precisava me conhecer, saber quem era e o que me movia, e foi um verdadeiro presente que a vida me deu, a fase mais saborosa de todas, que devorei com cada sentido do meu corpo, instante após instante. Visão, tato, olfato, paladar, audição... Cada segundo se abria diante de mim cheio de novidades que faziam cada poro arrepiar, que davam sentido a tudo, me contavam o segredo do (meu) universo.

A experiência mais incrível foi poder conhecer e aproveitar essa Raquel de vinte anos, tão intensa, tão disposta e jovem, aberta até mesmo para ver sangrar o coração e a alma.
Agora aos 30 ela se foi e outra tomou o seu lugar, outra que precisa ser conhecida e descoberta, em nuances diferentes.
Aos 20 as paixões eram de arrancar pedaços de carne, doiam e se não fossem assim, não valiam a pena. Marcaram pq tinham que marcar e tinham que deixar suas lembranças para que a de 30 pudesse ter um guia, uma pista de onde começar.
Na casa dos vinte anos o tesão é liquido, escorre pela perna,vira ilusão, amarga e morre. Depois dos trinta a coisa muda bem de figura.
Bem me lembro que , aos vinte, o amor perfeito existia quando durava uma só noite e desaparecida sem pistas no ar. Acabava antes de começar a vida real, logo após um tour pelo belo corpo firme e jovem... 
E aos trinta? 
O amor se revela em toques únicos é uma leveza incomparável, pq ele anda junto a liberdade. Aos trinta a gente sabe que pode (e consegue) amar e deixar ir, aos vinte não.
O amor dos trinta não tem regras e por isso ele não tem fim, por isso ele envolve todo o corpo, a mente e a alma.
É poder beijar como quem aprecia um vinho, é deixar se tocar como quem conta um segredo, é explodir em gozo e tesão sem precisar desesperar, só apreciar. E é aí que está o início do novelo da redescoberta. O combustível.



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